O que visitar na Beira Baixa – Roteiro de 5 dias

Cidades históricas, atrativos naturais e praias fluviais é apenas um anúncio do que poderá visitar na Beira Baixa, diante da imensidão de possibilidades que a região oferece.

A convite da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, seguimos em um roteiro de 5 dias conhecendo a região e percorrendo cada um dos seus 6 concelhos: Penamacor, Idanha-a-Nova, Castelo Branco, Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova e Oleiros.

O resultado? Dias de Sol, céu azul, arte, história, cultura, gastronomia, vinho e banhos refrescantes em praias fluviais belíssimas.

Deixo aqui o meu relato deste roteiro e o que fazer na Beira Baixa durante 5 dias, descobrindo cada concelho.

Roteiro de 5 dias – O que visitar na Beira Baixa

A viagem de Braga foi cansativa, isso porque viajamos com uma criança de 5 anos afoita para chegar no destino final. E já havia sido comunicado que teriam muitas piscinas para nadar e bater os pézinhos.

São 3:15h de viagem em autoestrada com ótimos acessos e condições. Não encontramos qualquer dificuldade para aceder os pontos de interesses nem as aldeias mais pitorescas da região.

Nosso roteiro foi elaborado de forma a conhecer o melhor de cada concelho mas deixando momentos de descanso e diversão para nós e para o pequeno. O ponto alto aqui eram os mergulhos gelados nas águas dos rios para refrescar do calor bom que fazia em Junho.

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Praia Fluvial do Foz Cobrão: Praias Fluviais para visitar na Beira Baixa
Praia Fluvial do Foz Cobrão para visitar na Beira Baixa

Penamacor

Conhecida como a “Vila Madeiro”, Penamacor já estava no meu radar para as celebrações de Natal e inclusive ela faz parte do post O que fazer no Natal em Portugal?. Apesar de nos últimos anos não ter havido qualquer celebração em virtude da pandemia que assola o planeta.

Mas, e no verão?

Bom, nós decidimos visitar apenas o centro histórico e conhecer mais a cidade. Apesar do centro estar todo em obras, foi possível conhecer cada pedacinho em menos de 40min, pois as atrações são todas muito próximas, o que facilita muito.

A primeira parada foi o Castelo de Penamacor – Torre de Menagem, classificado como Monumento Nacional em 1973 e uma das mais importantes fortalezas medievais da Beira.

De seguida, andamos pela Porta da Vila e Pelourinho. Sem deixar de observar a Rua das Escadinhas, a Torre do Relógio e a Igreja de S. Tiago.

Como já era de tarde, e nosso pequeno viajante já estava dando sinais de algum cansaço com a viagem, não fomos conhecer as praias fluviais do concelho. Mas deixo aqui a dica para quem quiser esticar mais o roteiro até a Praia Fluvial da Meimoa.

Monsanto

Já ouviram falar na aldeia mais portuguesa de Portugal? É assim que a aldeia histórica de Monsanto é conhecida.

Fica localizada no alto de uma encosta, e o maior atrativo, e que leva as pessoas até lá é a curiosidade por ver as casas que foram construídas bem próximas de grandes rochas. É impressionante!

Guarda vestígios de presença humana desde a época do paleolítico e também da época romana, passando também pelos templários.

Caminhamos com calma pela aldeia, fizemos um trilho até o Castelo e ficamos perplexos com a beleza das suas construções. Realmente, o que o homem conseguia fazer com pouco conhecimento em engenharia ou arquitectura.

Não deixem de visitar o Miradouro da Praça dos Canhões, a Igreja Matriz, o Castelo e a Necrópole e Capela de S. Miguel.

Monfortinho

Apesar de não ter incluído no roteiro, tivemos o prazer de pernoitar nesta localidade, mais concretamente no Clube de Tiros de Monfortinho.

Depois da viagem longa, e da exploração inicial do território, foi como se estivéssemos em um refúgio. E acho que foi mesmo isso. Dos quatro bungalows apenas o nosso estava ocupado. Tivemos um final de tarde na piscina e uma noite excelente junto à natureza e com toda a comodidade possível. Um lugar para voltar!

Penha Garcia

O plano era nos despachar cedo. Mas depois da longa viagem, e de todos os contratempos que temos com crianças a bordo, decidimos que era o momento de relaxar e fazer destas férias um momento mais leve.

Acordamos sem despertador, aproveitamos o fabuloso pequeno almoço servido no nosso bungalow, ainda fizemos um passeio de gaivota na barragem próxima ao hotel. E foi então às 11h que fizemos nosso check-out.

O próximo destino: Penha Garcia

E já deixo aqui um spoiler: foi um dos lugares que mais curti!

Começamos por desbravar despretensiosamente a aldeia e o seu castelo. Subimos, descemos, apreciamos a vista.

Depois fomos em busca da Praia Fluvial do Pego e da Rota dos Fósseis.

A Cascata e praia fluvial do Pego ficam localizadas dentro do Parque Icnológico de Penha Garcia pertencente ao Geopark Naturtejo, geoparque mundial da UNESCO. A paisagem é simplesmente impressionante. Uma rota pedestre com rochas graníticas que possuem fósseis com mais de 480 mil milhões de anos, dá para imaginar?

Nós não chegamos a provar, mas recebemos algumas sugestões para experimentar a Bica de Azeite, um pão tradicional da região feito com farinha de trigo, água, sal, azeite e fermento.

Idanha-a-Velha

E como no dia anterior não conseguimos visitar Idanha-a-Velha, deixamos para o segundo dia a caminho de Castelo Branco.

Eu fiquei impressionada com esta pequena aldeia histórica e a quantidade de ruína que detém. Muitos vestígios da passagem dos romanos por ali e também dos árabes antes da tomada de D. Afonso III. Anos mais tarde, esta foi outra aldeia que D. Afonso Henrinques também entregou aos Templários.

Não deixe de visitar: Porta Norte, Torre dos Templários, Ponte Romana sobre o rio Pônsul, Porta Sul, a Igreja de Santa Maria e as ruinas do entorno e a Igreja Matriz.

Infelizmente não paramos para almoçar, mas deixo a sugestão da Casa da Velha Fonte.

Castelo Branco

Chegamos em Castelo Branco no final da tarde e fomos direto ao Castelo, que me decepcionou um bocado, depois de passar por tantos castelos impressionantes. Valeu pela vista.

Cansados e com fome, paramos no Pessoa Wine, bem no centrinho de Castelo Branco. Eu, como boa enófila e enoturista que sou, não poderia deixar de conhecer algum projeto vínico neste percurso. A vontade era mesmo visitar uma quinta, mas como não aconteceu, parei na esplanada do Pessoa Wine Spot na Praça de Camões ao lado do Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco.

A esplanada é muito agradável e os anfitriões super simpáticos, ele português e ela brasileira, dois entusiastas e amantes dos vinhos, produtores em algumas regiões do país.

De barriga cheia corremos até o Parque do Barrocal, que merece pelo menos umas 2h de dedicação. Mas, como o parque já estava mesmo próximo de fechar, ficamos pelo parque infantil que era excelente!

Neste dia pernoitamos no Casas de Almourão.

Vila Velha de Ródão

Banhada pelo rio Tejo, Vila Velha de Ródão fica no limite dos distritos de Castelo Branco, na Beira Baixa, e de Portalegre, no Alentejo.

Fomos até lá conhecer o Monumento Natural das Portas de Ródão, classificado como tal em 2009. Uma incrível formação rochosa no rio Tejo.

Fizemos o passeio de barco (15€ por adulto) para ver de perto este monumento e descobrimos coisas incríveis. Segundo nos contou nosso guia, ali há muitos e muitos anos atrás antes da barragem, era possível que os meninos andassem pelo rio, pra lá das Portas de Ródão.

Também fiquei impressionada com a quantidade de aves que conseguimos observar, em especial os grifos. É que ali é o habitat da maior colônia de grifos do país. Além disso é possível observar mais de 116 espécies de aves.

Bem ao alto também tivemos o prazer observar o Castelo do Rei Wamba. Há uma lenda curiosa sobre o castelo, e deixo aqui este trecho retirado do site da Beira Baixa Tour:

“Na margem norte das Portas de Ródão está o Castelo do rei Visigodo da Hispânia, o Rei Wamba, que reinou entre os anos 672 e 680.  Na margem sul era território dos mouros e também um rei mouro vivia num castelo nas proximidades. A Rainha do Rei Wamba e o Rei Mouro apaixonaram-se e, aproveitando a ausência do Rei em caçadas ou batalhas, namorava com o Rei Mouro, sentados em cadeiras de pedra, cada um do seu lado do Rio Tejo.
Para ir buscar a Rainha cristã, o rei Mouro logrou escavar um túnel que passaria por baixo do Tejo, mas os seus cálculos saíram errados e o túnel saiu na escarpa sul, acima do nível da água.
Terá ainda assim o rei mouro conseguido fugir com a rainha para o seu castelo.
Descobrindo a traição, o rei Wamba disfarçou-se de mendigo e foi ao castelo mouro onde foi reconhecido pela rainha adúltera que fingiu escondê-lo do rei mouro apenas para depois o denunciar.
Como último pedido antes da morte, o rei Wamba pediu para soprar o corno que trazia consigo. Esse era o sinal que os seus filhos e respectivos soldados esperavam para avançarem sobre o castelo mouro.
Conseguiram raptar a rainha de volta e esta foi depois julgada em tribunal familiar. A sentença decidida foi a de que seria atada à mó de um moinho e atirada a rebolar pela escarpa abaixo até ao Tejo.
Mesmo antes da sentença ser executada a rainha terá amaldiçoado as gentes daquela terra nos seguintes termos:
“Nesta terra não haverá cavalos de regalo,
nem padres se ordenarão
nem rameiras faltarão”
Por onde a mó passou com a rainha não cresceu mais mato”.

Beira Baixa Tour

Após o passeio de barco aproveitei para saber mais da história do azeite da região no Lagar de Varas. A visita é gratuita e guiada. Tive uma incrível aula de como era feito o azeite no decorrer dos anos até os dias atuais.

No fim, tive que passar em um mercado para comprar o Azeite de Ródão DOP, produzido pela Rodoliv – Cooperativa de Azeites de Ródão.

Depois desta manhã animada e de descobertas surpreendentes, voltamos até as Casas do Almourão, nosso alojamento na Aldeia de Xisto Foz do Cobrão. Almoçamos no restaurante mesmo ao lado da nossa casinha o Restaurante Vale Mourão, que valeu à pena.

De lá fomos passar a tarde junto ao rio na Praia Fluvial de Foz Cobrão. Mais uma praia renovada e com condições perfeitas para passar uma tarde inteira de mergulhos.

Para despedida, encerramos nossa estadia no local com um jantar no andar superior do Restaurante Vale Mourão, onde é possível pedir tapas e entradas. A vista do pôr do Sol com o canto e vôo sincronizado das andorinhas nos fez vibrar de emoção.

Proença-a-Nova

A manhã começou em Proença-a-Nova com uma atração para miúdos e graúdos, o Centro Ciência Viva da Floresta.

Fomos muito bem recebidos e exploramos com cuidado e atenção todos os espaços. Foi incrível poder observar um tronco de árvore por dentro e saber mais sobre a vida daquela árvore.

Mas a parte que mais impactou nosso pequeno descobridor, foi o espaço que fala das queimadas, muito comum no verão em Portugal. Passamos uns bons minutos aprendendo sobre os efeitos das queimadas no solo e no ar.

Depois de todo aprendizado seguimos para Figueira, uma aldeia de xisto. Originalmente não estava no roteiro, mas passamos em frente e não pudemos deixar de parar. Além disso, era a sugestão mais próxima de restaurante para o almoço.

A aldeia é uma graça, está pouco habitada e encontramos muitas casas em ruínas. Mas o que mais encanta é o forno comunitário que ainda serve para cozer o pão.

E foi este pão que provamos na entrada do restaurante Casa Ti’Augusta. Confesso que não tivemos das melhores experiências com a comida. Penso que a carne deve ser o forte da casa, mas como nem sempre somos tão adeptos da carne vermelha, optamos por um bacalhau que não nos agradou, infelizmente. Mas deixo aqui a indicação do restaurante e da esplanada, pode ser que você tenha uma experiência melhor.

No resto da tarde, tiramos o tempo para nadar nas águas geladas da Praia Fluvial de Alvito da Beira. Mais uma praia com boa infraestrutura para adultos e crianças.

Oleiros

Escolhemos como alojamento o Refúgios do Pinhal, um excelente alojamento local com piscina e uma área com algumas ovelhas que foi a sensação do nosso pequeno. Nesta noite também aproveitamos para jantar no Restaurante Adega dos Apalaches, era rodízio de petiscos e tivemos a oportunidade de experimentar a culinária local.

Como o tempo era curto em Oleiros, e teríamos que retornar para Braga neste dia, dedicamos a manhã para conhecer o centro da Vila, sair à procura das portas pintadas cheias de arte e visitar a Praia Fluvial Açude Pinto.

Mas o concelho tem muito para visitar e conhecer. Praias fluviais belíssimas. Se tiverem mais tempo sugiro dedicar uns dois dias para Oleiros.

Se quiserem ver e saber mais desta nossa experiência na Beira Baixa, visitem o Instagram @viajapedia, lá terão os vídeos de todo este roteiro salvo nos destaques.

Gostou do roteiro? Quer saber o que visitar na Beira Baixa? Conheça mais sobre o destino através do site Beira Baixa Tour e planeje a sua próxima viagem.

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