Meu outro eu quando viajo (ou, porque eu amo viajar)

É difícil reconhecer que em mim existem duas Isabelas. Aprendi isso depois de algumas estradas, horas de vôos, noites dormidas em hostels e muitas, muitas viagens.

Você pode estar pensando que sou maluca, que talvez fosse um caso de psiquiatria ou alguma dupla personalidade. Mas me diga que você também não se sente uma pessoa mais feliz e bem disposta quando está longe de casa, desbravando algum lugar do mundo, falando com pessoas das quais talvez você nunca mais irá falar, conhecendo lugares que antes só conhecia em fotografias e cartões postais?
   Se isso for doença, não me venha com a cura dela!
   O fato é que depois da primeira viagem parece que algo te morde e você não consegue mais viver sem esse gostinho bom de liberdade, de poder ser você mesmo em um lugar que ninguém te conhece, de pagar os maiores micos para tirar aquela foto clichê ou improvisar uma mistura de espanhol-português-inglês para o atendente do bar.
   Viajar é das experiências na vida que nada e ninguém podem te tirar. Cada viagem é um novo aprendizado, cada pessoa nova que você encontra pelo caminho é uma lição de vida, cada foto que vai para o álbum de fotografias é uma emoção, e como diz a canção do Leoni: “o que vai ficar na fotografia, são os laços invisíveis que havia”.
   Se hoje eu tivesse um filho e pudesse dar um conselho a ele meu conselho seria: viaja! Estuda sim, corre atrás, faz a tua faculdade, procura o emprego dos teus sonhos, mas viaja! Vai ver com os teus olhos o mundo que existe lá fora. Saia da sua zona de conforto e descubra que há pessoas em situação melhores do que a sua, mas também há muita gente que vive com muito pouco, e você vai perceber que no meio dos olhares sofridos há também sorrisos de alegria e vai compreender que a vida é curta demais para ficar parado no mesmo lugar.

 

   E depois de algumas viagens também vai entender o que quero dizer com “duas Isabelas”.  Vai querer voltar para casa porque a saudade aperta, mas já vai planejar a próxima aventura porque o mundo é grande demais para estar sempre no mesmo lugar.
Beijos 🙂

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